Relató(rio)s semanais 2016.1

                    
Encontro do GEAD realizado na última sexta-feira, 13 de maio de 16, na sala de movimentos sociais, FACED – UFC.

Relatora: Samila

Em primeiro momento foi realizado a mística, onde os integrantes do grupo puderam entrar em contato com as energias do corpo e integra-las as energias do cosmo. Foi solicitado, previamente, a leitura do texto “Paulo Freire e a DEScolonialidade do saber” do Prof. Dr. João Batista Figueiredo, em um segundo momento, foi orientado aos participantes do grupo que fizessem questionamentos sobre o tema proposto, afim de problematizar as questões em grupo. Desta atividade saíram as seguintes perguntas, bem como suas respostas construídas coletivamente:  Como me libertar dos meus medos? Em meio a discussão em grupo foi colocado que é necessário a percepção do medo e torna-lo consciente é um grande passo para a libertação do mesmo. É necessário ainda que se diferencie o medo, em cultural e natural, sendo o medo natural uma ferramenta de autoproteção, e entender como ele se impõe. A partir daí deve-se enfrenta-lo. O que é educação libertadora? A professora Fátima coloca que a educação libertadora traz a conscientização do homem como ser oprimido, afim de que seja reconhecida a capacidade de ser mais. É consensual há complexidade de se trabalhar a perspectiva da Educação Libertadora de Freire dentro do sistema educacional em vigência. Segundo a professora Fátima existe um medo da desordem. Segundo o professor João Figueiredo fazer uma Educação Libertadora dentro do sistema atual, caracterizado por uma Educação Bancaria, é impossível, intendendo que, são contraditórias em sua epistemologia, segundo Jahannes, “precisa-se quebrar a educação bancaria, mudar os paradigmas.” Outro questionamento levantado no grupo foi sobre a significação dos termos liberdade e libertar. Entendemos que a liberdade tem seu limite na liberdade do outro, somos interditados quando nossas atitudes ultrapassam as fronteiras cotidianas da convivência. A bolsista Sâmila afirma a nossa participação em compartilhar uma ideia ilusória de liberdade, já que esta, perante ao sistema, é uma farsa. Não se pode ser livre quando não se curva as imposições de mercado e padrões. E entendemos que libertar é construção em conjunto de uma consciência críticas, se reconhecendo com ser, e desvelando a relação oprimido, opressor. O professor João deixa claro que “a nossa libertação só acontece com o reconhecimento. Entrou em questão também as dimensões que Freire usa para compreender uma realidade e colaborar com a construção de conhecimentos, que são a amorosidade, a moral, estética e ética.” O professor João nos esclarece sobre, como a DescolonializAção entra na educação libertadora? “A primeira coisa é identificar, é a tomada de consciência. Essa tomada de consciência é o primeiro passo. A partir do momento que eu tomo consciência das circunstâncias. [...] A DescolonializAção começa nas ciências sociais, e no tempo certo ela chega na educação e quando chega na educação a grande contribuição é Freire”. Entendemos que depois da tomada de consciência pelo indivíduo, esse deve partir para a conscientização. Ambas intrinsicamente relacionadas ao libertar-se. Mas, como à educação liberta? É claro para todos que o atual sistema educacional é homogeneizador, responsável por castrar as peculiaridades das individualidades culturais e pessoais. Que aliena e maquiniza o homem. “Elucidando as questões.” [Anusia] “A educação possibilita o conhecimento do outro.” [João].


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Relatório 22.04.2016

A manhã da sexta-feira, dia 22/4, foi atípica. A chuva torrencial impediu que vários integrantes do grupo comparecessem a reunião. Entretanto, ela aconteceu de forma bastante profícua. 

Com a ausência da equipe designada anteriormente para conduzir a reunião, o João escolheu um texto para ser trabalhado. @s presentes (João, Anúsia, Tânia, Fátima e Jahannes) leram e discutiram o texto "Educação e Intercultura: Um olhar a partir dos trópicos", que é parte integrante do livro "Uma Educação nos Trópicos: Contribuições da antropofagia cultural brasileira", de Valdo Barcelos.

O texto nos apresentou a proposta de uma educação construída a partir dos trópicos, que seja descolonializante, relacionada com uma "visão ecológica e solidária de mundo". 




O autor buscou inspiração em proposições de autores, tais como, Humberto Maturana, Paulo Freire e Maria Montessori, para o exercício de uma "ação pedagógica que valorize os conhecimentos científicos sem esquecer o papel fundamental, na formação das pessoas, dos saberes de experiência e da vivência. Uma educação que coloque em contato a cultura local e a global. Uma proposta educativa baseada nos princípios da valorização das relações e das interações no estudo das culturas" (P. 28).

Após a discussão do texto, tod@s fomos almoçar no Mandir e continuamos o nosso processo de aprendizagem a partir do con-viver, de forma dialógica, relacional e amorosa.


Anúsia Pires
(relatora da vez)

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Reunião 15.04.2016

Bom dia, queridxs,


Para quem quiser revisitar os vídeos utilizados na reunião de ontem, seguem os links:

Estudo Errado (Gabriel, O Pensador): https://www.youtube.com/watch?v=BD4MMZJWpYU


Experimento sobre racismo (legendado): https://www.youtube.com/watch?v=Sq4z2Vq2K1w


Nós gostaríamos de agradecer a participação e a parceria de todxs na realização do que tínhamos planejado. O nosso objetivo foi discutir o tema de subalternidade nos moldes da Educação Popular. Para isso, estimulamos os "saberes de experiência feito"  a partir das vivências de cada um. No segundo momento, esses saberes puderam ser trabalhados a partir do conhecimento científico representado pelo texto da educadora Nadir Azibeiro.

Na nossa avaliação e de algumas pessoas que nos deram retorno, a manhã foi produtiva e proveitosa. Conseguimos aliar o estudo do texto (como nas reuniões de planejamento vem sendo apontado como um desejo do grupo) ao modo descontraído e alegre, o qual tanto gostamos e prezamos. Sabemos também que aperfeiçoamentos podem ser feitos, pois estamos em processo de aprendizado e des/re/construção do que somos e desejamos ser enquanto pessoas e educadorxs em formação. 

Desejamos que a "práxis" (Freire) esteja presente em nosso cotidiano, possibilitando que a "desconstrução da subalternidade" (Azibeiro) seja o nosso horizonte neste momento histórico, turbulento e tão importante para os rumos do nosso país e das nossas vidas!

Abraço afetuosos,


Anúsia Pires Pereira

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RELATÓRIO  DO ENCONTRO DO GEAD

DATA:08/04/2016
Facilitadores: João Figueiredo e Anúsia 
Relatoria: Tânia e Maria de Jesus.

No dia 08 de abril de 2016  o grupo de estudos e pesquisa GEAD se encontrou na sala do grupo de Movimentos Sociais, Educação Popular e Escola, às 09:10, com os seguintes participantes: Renata, Magda, João Figueiredo, Maria de Jesus, Fátima Lacerda, Tânia Leal, Professor Martins, Fernando, Valéria, Stfany, Andréia, Maclécio
No primeiro momento o João fez uma dinâmica com o objetivo dos participantes se interiorizarem e posteriormente externalizarem por meio da  conexão com a Terra através dos pés, como raízes e com o Sol através do coração, para finalizar abraçamos 3 colegas do grupo.
Segundo momento o João deu os informes, apresentou o folder da III Jornada universitária em defesa da Reforma agrária, em seguida mostrou os livros que ganhou no evento XXII Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-américa, no qual ele participou apresentando um artigo que foi produzido pelo João, Renata, Andréia e Anúsia,  e mostrou o CD indígena dos Tremembé, cujo título é “Quem deu esse nó”.
Dando continuidade ao encontro o João fez a apresentação dos quatro novos membros do grupo:
1 -Fernando é do antigo grupo do GEAD, ele se aproximou do João em 2010 e por ter uma formação em Artes e trabalhar com teatro, principalmente com o teatro do oprimido, em 2013 e 2014 ele fez uma pesquisação e mediação na Chapada de Apodi, na qual o autor principal trabalhado foi Paulo Freire e a programação foi de 25 apresentações.
Ele está retornando ao GEAD, porque atualmente, está pesquisando no Mestrado da UNILAB o   tema: interculturalidade (tema do encontro de hoje), e pretende se reaproximar do GEAD mantendo um diálogo mesmo que seja a distância. Ele espera  fazer uma nova apresentação de teatro para o grupo do GEAD para dar oportunidade dos novos membros do grupo conhecerem o trabalho realizado em 2013 e 2014.
2 -Luana é Bióloga e trabalha em Belo Horizonte e faz parte do grupo aroeira.
3 -  Professor Martins (UECE)  é professor da física e veio fazer parte do grupo porque mesmo já estando aposentado como professor, ainda gosta de investir em pesquisas. Ele  é professor desde os 17 anos , inicialmente como voluntário, mas em outro momento passou a ser professor concursado da UECE, portanto atuou como professor  de 98 até 2011, quando se aposentou.
4 – A Stephanie tem um trabalho com os Tremembé, ela trabalhou com a questão do corpo, pesquisa desde 2009 que iniciou por curiosidade e no primeiro momento ela encontrou muita resistência por parte dos membros do curso de Pedagogia da UECE em relação a sua pesquisa, apesar da ausência de incentivo ela continuou com sua pesquisa até o momento atual e já está tendo visibilidade, visto que, em setembro apresentará um trabalho sobre os Tremembé, em Portugal  e para esta apresentação contará com a colaboração do professor João.
Após a apresentação dos novos membros, o professor João mostrou uma propaganda do cigarro Malboro Country, na qual ele chamou a atenção para a imagem da natureza, da liberdade e para os símbolos da riqueza representadas na propaganda, ou seja, mostrou o poder que a mídia exerce para manipular as pessoas, pois usou a imagem da natureza, com algo extremamente contraditório que é o cigarro, mas de uma forma tão chamativa para o poder e a liberdade, com o objetivo de levar as pessoas a consumirem o produto.
A apresentação da propaganda gerou um breve diálogo entre os membros do grupo sobre a representação das imagens e serviu para chamar e prender a atenção do grupo para o tema INTERCULTURALIDADE.
O professor João trabalhou o tema através da apresentação de vários slides, os quais, alguns merecem mais destaque, por isso apresentaremos o conteúdo deles:
 TÍTULO: INTERCULTURALIDADE CRÍTICA...REFLEXÕES E HISTORICIDADE
DIMENSÃO HISTÓRICA
·         Diferenças Culturais;
·         Imposições de uma cultura em relação a outra;
·         Encontros e Conflitos;
·         Dominação e Exclusão;
·         Diversidade Ecológica e diversidade cultural
·         Mesmo pertencentes a mesma espécie, apresentamos nossas diferenças a partir de nossa singularidade (dimensão biológica X histórico genético);
·         Influência cultural e ideológica que acompanha a dominação econômica
Comentários do João em relação a este slide:
Ele mencionou que o primeiro artigo sobre colonialidade  foi escrito pelo sociólogo peruano Kirrano, que propôs o conceito de colonialidade e colonialismo.
 DIMENSÃO HISTÓRICA
·         A colonialidade – colonialismo – a Intercultura;
·         Ao contatos culturais fazem parte da história da humanidade;
·         Contatos de recusa e confrontação; de intercâmbio de aprendizagens mútuas;
·         Os processos de interação e a constituição de identidades;
·         Como fazer para a convivência diante de nossa diversidade, diferenças;

Comentários do João em relação a este slide:
O professor Figueiredo disse que Vera Candau fala da recolonialidade a qual se institui a partir das armadilhas que a sociedade criou para continuar a explorar as outras culturas.


 A SOCIEDADE INTERCULTURAL...
·         “A maneira atual de como se desenvolvem as sociedades contemporâneas é um acontecimento intercultural que se processa em contextos históricos bem diferentes: descolonizações, guerras, genocídios, crises econômicas, migrações, formação de blocos regionais como o MERCOSUL, construção da comunidade europeia ou imposição norte-americana da ALCA. Mutilações socioeconômicas e culturais, destruição do mercado de trabalho e exclusão” (marin).

O COMPLEXO CAMPO DA INTERCULTURALIDADE
·         Historicamente este complexo campo principia no contexto europeu e Americano com o intuito de amenizar os conflitos inter-étnicos;
·         Promover a integração entre culturas, a superação de preconceitos, o acolhimento dos estrangeiros e dos filhos de imigrantes;
·         Somente depois, este debate entra nas temáticas acerca da formação da identidade e valorização das diferenças;
A PERSPECTIVA INTERCULTURAL
·         Surge inicialmente como mecanismo para compensar os déficits culturais             (culturas inferiores) – imposição de uma cultura considerada superior
·         Passa por uma fase de aprendizagem da tolerância e aceitação do diferente, através da promoção do reconhecimento da identidade de cada um e estímulo a cooperação grupal (perspectiva moral)
·         Reflexão sobre as atitudes e práticas discriminatórias, o que visa o processo de mudanças nas relações
 A PERSPECTIVA INTERCULTURAL
·         Reconhecimento da diversidade cultural, mas sem uma discussão aprofundada acerca dos próprios limites da cultura majoritária dominante
·         Reconhecimento das diferenças nas singularidades sem mascarar os conflitos e utilização do diálogo como possibilidade de convivência entre as culturas – caminho para  uma perspectiva crítica
A PERSPECTIVA INTERCULTURAL
·         Emerge no contexto das lutas contra os processos crescentes de exclusão social. Surgem movimentos sociais que reconhecem o sentido e a identidade cultural de cada grupo social;
·         Valorizam o potencial educativo dos conflitos;
·         Buscam desenvolver a interação e a reciprocidade entre grupos diferentes, como fator de crescimento cultural e de enriquecimento mútuo


 A PERSPECTIVA INTERCULTURAL
·         Nas práticas educacionais a perspectiva intercultural propõe novas estratégias de relação entre humanos e entre grupos diferentes;
·         Busca promover a construção de identidades sociais e o reconhecimento das diferenças culturais. Mas, ao mesmo tempo, procura sustentar a relação crítica e solidária entre elas;
·         O termo Intercultura passa a ser usado pelos documentos oficias do Conselho Europeu a partir do início dos anos 80
Tenta romper com a história hegemônica de uma civilização cultural e poder dominantes

Colonialidade é entendida, nesse bojo, como matrz permanente de poder que articula:
Raça – capitalismo – modernidade ocidental
Através do controle do trabalho, conhecimento, existência e espiritualidade-natureza-vida


 CONSTRUIR A INTERCULTURALIDADE
Transgredir, interromper, desmontar a matriz colonial e criar condições de poder, saber, ser, estar, viver que se distanciam de capitalismo e sua razão única
CONSTRUIR A DESCOLONIALIDADE
Articular seres, saberes, modos e lógicas de viver, con-viver em uma nova ordem e lógica que partem da complementaridade de diferenças e parcialidades sociais.
 Interculturalidade crítica e descolonialidade: Projetos enlaçados e emergentes
A apresentação dos slides foi provocando a colaboração dos participantes, através de depoimentos que veremos alguns fragmentos a seguir:
Andreia
·         Como moradora desde criança no bairro do Genibaú reconhece o movimento de afastamento dos hábitos do sentimento de coletividade. Atualmente eles se afastam  e vão para as periferias;
·         Ela fala sobre as características físicas e hábitos da população das periferias que são formadas pelos descendentes dos indígenas
Stephanie
·         Questionou a presença da igreja evangélica, em especial  a Igreja Evangélica Missão Novos Tempos junto as crianças tremenbé, quando as crianças relataram que o pastor proibiu os canto, o próprio torém. O pastor pediu que houvesse a fis calização . de quem estava praticando o torém.


Fernando
·         Mencionou que o estudo sobre as novas ruralidades realizado em 2014 MDA e IICA apresentou as novas graduações entre as regiões rurais e urbanas, de modo que os 25% de regiões rurais no Brasil para o IBGE com este estudo torna-se 35%
João Figueiredo
Algumas afirmações do professor Figueiredo:
·         Colonialização é a apropriação das ideias e da cultura do outro;
·         A colonialidade é diferente de colonialismo.
·         A base da colonialidade é a religiosidade
·         Ele indica o livro do Eduardo Lander: Colonialidade do Saber
·         Outro livro indicado é Epistemologia do Sul,do Boaventura
·         No Brasil a interculturalidade tem um caráter político;
·         O grande referencial sobre interculturalidade é a autora Catarina wash (conferir a grafia do nome  da autora)
·         Interculturalidade crítica é a explosão das fronteiras, o contato para além das fronteiras;
·         Na conjuntura contemporânea só pode criar pontes se existir fronteiras, mas não pode ser esquecida a questão da identidade;

Na roda de conversa do grupo um fato que nos chamou a atenção foi a declaração da Magda e da Stephanie sobre a dominação da igreja evangélica nas comunidades indígenas. Uma das igrejas que atua tanto nos Tremembé, assim como em todas as comunidades indígenas é a igreja chamada “Missão Novos Tempos”, ou seja, os pesquisadores  e  pessoas que estão envolvidos na luta dos indígenas devem ficar atentos a esta atuação das igrejas evangélicas para que a cultura do povo indígena não  seja ainda mais exterminada do que já foi.


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Relatório do dia 19 de março de 2016

Relatora: Andreia
Rodada de avaliação

            Que se reafirma a importância do comprometimento, participação coletiva e amorosidade não esquecendo da disciplina no cumprimento dos acordos estabelecidos em grupo com as atribuições individuais e coletivas as quais foram designad@s. Estar atento as informações respondendo aos questionamentos que visem a organização coletiva.

Sugestões:

       Estarmos mais atuantes em acompanhar a produção e participação em eventos além de publicação em revistas.
       Medidas que possibilitem a entrada de novas pessoas como mecanismos de reoxigenação do grupo;
       Que sejam formados subgrupos por afinidade de estudos com o objetivo de fortalecer a produção e as pesquisas.
       Que tenhamos espaço para coletivizar as pesquisas nas reuniões do GEAD.
       Possamos contar com mais vivencias como as realizadas nas comunidades indígenas.
       Realização de um evento para apresentação os trabalhos realizados que ficaria para o segundo semestre de 2016.

Pauta

Comunicação: Tiramos a partir da conversa estabelecida qualificar e aprimorar nossa comunicação. Tornando assim o Grupo de WhatsApp e o grupo de e-mail comunicações oficiais do GEAD. É importante que as informações sigam pelos os dois meios possibilitando um maior alcance. Além de lembra que o WhatsApp será um meio de articulação e circulação de mensagens rápidas que sejam se  interesse coletivo. Aos que ainda não estão no grupo podem solicitar entra Andreia Lopes e a Klertiany. Sendo o grupo oficial o
geadufc@yahoogrupos.com.br. Ficando responsável pelo o Blog o Maclecio e Patrizia que deveram alimentar como informações e trabalhos desenvolvidos pelo GEAD, onde tod@s são responsáveis em envia-los suas produções, esses dados devem também ser compartilhados na página do fecebook.

Ponto essencial a ser realizados é o cuidado e o respeito mútuo também nas mensagens e no manifesto no retorno às mensagens enviadas. Isso significa que só utilizaremos esse espaço para comunicações de interesse do Gead e que tod@s vamos amorosamente responder às mensagens que forem endereçadas ao coletivo. Paz e Luz. Excelente domingo para tod@s.

Planejamento: Organizar a Xeroteca do GEAD.
Foram definidos os eixos Descolonialidade, Dialogicidade e Perspectiva Eco-Relacional dentro de cada eixo foram definidos subtemas a serem trabalhados ao longo de cada mês ficando a cargo da equipe responsável este planejamento e apresentação previa. As equipes ainda devem ser definidas já podendo preencher na própria planilha onde pretendem colaborar. Mais detalhes podem ser observados no documento: goo.gl/LVVGme.

No dia 01 de abril, primeiro dia de estudos definiremos sobre a realização do Seminário do GEAD além de finalizar a locação das equipes em seus eixo e a apresentação do projeto do GEAD 2015/2016 “Saberes Ambientais Indígenas Tremembé e Dialogicidade: Novos aportes para formação de educador@s ambientais/populares”.



Obrigada!



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RELATÓRIO PLANEJAMENTO 2016.1: 19/03/2016- Maranguape CE


Presentes: Ana Valéria, João, Fátima, Mazinho, Maclécio, Anúsia, Tianny, Andreia e Pedro.

Antes de a reunião iniciar com sua pauta definida, algumas críticas construtivas firam feitas sobre as atitudes dos integrantes do GEAD: Formas de falar sobre pessoas e fatos com posições subjetivas e a falta de comunicação entre o grupo. Falas: Anúsia, Maclécio, Mazinho e João.

João:      1. Não precisamos desqualificar o outro para ganhar alguma discussão.
          2. Reconhecer nossa responsabilidade da construção da amorosidade do grupo e a gente, em algumas situações, não estamos primando por isso. Apresentação do material do Grupo Tramas – TCCs em forma de livros com os Tremembés e jogoa de memória. Proposta de conversa: Xeroteca (biblioteca de xerox) do GEAD.

Questão de encaminhamento: 1 hora de avaliação e 1 hora de Planejamento até o almoço.

Rodada da Avaliação:

Manhã

Andreia: Primeiro semestre no GEAD e está muito feliz. Cuidar mais um do outro, estabelecer informações de forma mais ampla, agregar pessoas. Há um grupo de estudo e é importante que a gente se ajude, faltando mais produtividade.

Tianny: Sente-se bem no GEAD, do contato que tem com cada um. A liberdade uns com os outros acaba ultrapassando limites. Atividades propostas acabam não acontecendo. Ter mais compromisso com o que se propões com o grupo. Metodologia dos saberes em outro grupo que participa, sente falta disso no GEAD. Levantamentos de eventos, calendário de participação dos eventos. Falta produção no grupo.

Anúsia: “Desqualificar é só na fala ou nas atitudes também?” Critica Mazinho e Maclécio por conversarem paralelamente e o resto do grupo também conversando e ela não conseguia se concentrar, organizar os pensamentos. O intuito não foi de dizer que Mazinho, Jon e Maclécio não estavam participando da última reunião antes do recesso e que foi mal entendida no WhatsApp. Não houve intenção de desqualificar ninguém. Criticou as posturas do grupo neste meio de comunicação porque não foca em notícias importantes e tem muitas postagens desnecessárias. Citou a Fátima sobre isso.

Maclécio: Colocou que em primeiro lugar o semestre foi de muita dificuldade de organização do grupo e que foi muito importante à chegada de pessoas maravilhosas no GEAD, adorou essa novidade: Tianny e Andreia. “Avaliação positiva que ajuda na caminhada”. Colocou o cuidado de evitar coisas negativas com o nome das pessoas “colagem de nomes é complicado, cuidado com o que a gente está produzindo”.

Mazinho: “Qualificar o grupo, essa palavra me dá arrepios”. “Se fala muito no GEAD, já há algum tempo, em produção, mas a gente não tem se preocupado muito com os nossos temas de apresentação no grupo. Se a gente se preocupar com os temas isso vai nos ajudar a melhorar nossa pesquisa. Antes de organizar um livro todo mundo junto, a gente pode articular artigos. Eu e Jon temos uma parceria legal por afinidade de temas. Fazer grupos menores, Grupos maiores é difícil reunir, dá problema, se juntar num horário certo é problemático. Dois ou três se encontram”. Citou Anúsia e explicou porque se sentiu injustiçado pela referência da mesma. Colocou sua situação de trabalho e tempo. Explicou que tem a prioridade sobre o doutorado e não está afastado da prefeitura. Maclécio e Jon na mesma situação e colocou a impossibilidade de ter uma grande participação no GEAD neste semestre.

Fátima: “Uma das características do grupo que chamou a atenção: respeito pela individualidade de cada um, pessoas bem diferentes juntas. Anúsia, Maclécio e Mazinho, me desculpem em dizer que é tempestade num copo de água. Produção... Se tem algum produzindo eu não sabia. Tem muita gente produzindo e não sabia por que não é coletivizada. Frequência: Nem sempre a pessoa falta por faltar por falta de compromisso. Nosso grupo é estudo, é terapia, a gente cresce enquanto pessoa. Concordo com a Tianny que tem que ter um calendário de eventos para produção. Uma ou duas pessoas podem fazer isso”. Concorda com Mazinho em organizar por grupos pequenos. “Coisa positiva: Encontros das trilhas, contato com a natureza. Pensar ações no qual a gente tivesse esses encontros, colocar no planejamento. Poderia vez por outra não colocasse os estudos. Importante num desses encontros priorizar um local em contato com a natureza”. Proposta de fazer um seminário promovido pelo GEAD.

João: Reforça sobre disciplina e amorosidade. “Se cair no formalismo não é bom. Essa dinâmica do grupo é o que dá sentido ao GEAD. A questão da brincadeira é forma de ser e não vai mudar. Na hora que o GEAD optar por outra coisa que eu discorde eu saio fora. A gente não pode atropelar os outros. Respeito as pessoas. Não pode contemporizar por um ou por outro. Nas deliberações do coletivo não pode ser predominante. O coletivo tem que ser valorizado. Acho que disciplina tem que ter. Eu reconheço, penso, eu posso tá equivocado. Muitas vezes os componentes do GEAD tiram a sexta – feira para ir ao médico ou fazer qualquer outra coisa. Prejudica o coletivo. Eu sei que é importante a minha presença, eu vou fazer falta em faltar ao GEAD. Uma falta nossa faz falta, alguns pensam que não, mas todos fazem falta. Tem coisas que a gente deve olhar pra si”. Citou grupos anteriores que tentaram mudar o GEAD. Citou o episódio com Erica e Moise e que fazia autocrítica com a forma, que havia mesmo errado, mas que mantinha o conteúdo. Colocou o fato de ser humano e estar sujeito a erros, pressões e emoções. Citou sobre partidos de esquerda que discorda pela forma autoritária de pensar e se comportar e a influência que isso pode causar no GEAD. Falou em diálogo.

Ana Valéria: Faz uma retrospectiva de sua vida como militante desde a adolescência e vinda de uma família muito conservadora onde sorrir era coisa de prostituta e abraçar era falsidade, o marxismo-leninismo lhe deu perspectiva de vida e que durante as lutas por liberdade e justiça nos anos 80, as pessoas adquirem formas e comportamentos mais eloquentes como forma de falar e gesticular que é uma coisa própria da militância e de quem é liderança e se coloca no palco do movimento social, atitudes de firmeza que para quem não está habituado pode tomar como agressividade. Que o viés autoritário é muito forte porque lutar por um ideal numa sociedade perversa como a do Brasil não é uma coisa fácil e vícios também é adquiridos. A esquerda é reconhecidamente autoritária e usa de arbitrariedades também como forma de ganhar embates políticos. Que a vivência no GEAD trouxe mudanças e concepções diferentes, que inicialmente se encantou com as brincadeiras que é uma forte característica e não pode mudar por que é essência do grupo. As mudanças vão se dando no tempo de cada um. Declarou amar o grupo. Falou em produção, que concorda com o que já foi colocado e que pequenos grupos para formular seria bom, mas existe pessoas que tem pesquisas onde não há componentes do GEAD com a mesma afinidade. Mazinho tinha sorte de ser companheiro de Jon.

Andreia: João diz disciplina não está distante de amorosidade.

Mazinho: Não é crítica, é uma constatação. Nunca num planejamento do GEAD houve tantas faltas como hoje. Falando nos temas a gente pode ir mais, segundo Jon. Sobre a colonialidade, não se aprofunda. Parece que é sempre a primeira vez que essa discussão surge.

João: Uma coisa da nossa psique. A gente quando discute um texto, no outro dia lembra de um fiapo.

Tianny: Complemento a fala do João. Uma coisa que senti falta organizar, depois de um evento como as trilhas, não fizemos uma interlocução com os indígenas, não fizemos avaliação. Pensar sobre algumas visitas feitas e que não discutimos sobre cada vivência. Depois das visitas as perguntas ficaram no vácuo.

João: Por que tu fez as perguntas naquela época?

Tianny: Porque precisou de amadurecimento.

Mazinho: fazer os links com as nossas leituras.

João: O Maclécio poderia apresentar um apanhado de coisas que tem sobre educação ambiental. Aprofundar sua tese e discutir no grupo o aprendizado.

Mazinho: “Às vezes eu tenho dificuldade de teorizar, mas quando eu vivo fica melhor a produção”.

João: “Se não há demanda vai passar batido. Andreia levantou questões importantes. Curiosidade própria. Muitos dos temas no GEAD algumas pessoas não entendem. Colocar na prática do cotidiano do GEAD: Prática e teoria”.

Maclécio: “Combina com o que a Tianny coloca, que essa ação do GEAD é nova. Avanço grande as pessoas se disponibilizarem, se organizarem em ir pros eventos. Em outros tempos era uma dificuldade”.

João: Em relação à pesquisa eu talvez tenha pecado por omissão. Para além do dialético.

Maclécio: “Isso é extremamente interessante, diferencia do tempo de início do GEAD. Tinha pessoas que discordavam de utilizar os desenhos no GEAD”. Fez uma avaliação sobre o GEAD ontem e hoje.

Andreia: “Colocando os pontos de avaliação. A gente é aberto mesmo e por necessidade sou organizada. Gosto de configuração da amizade, do agradável a todos nós”. Não teve contato com os textos dos princípios do GEAD. “Importante à discussão sobre a pesquisa engajada, muito importante. Colocar as pesquisas pro grupo. Resgate da historicidade e quando retomar dá um passo a mais e não voltar ao ponto de partida”. 

João: Proposta de ir pro restaurante ás 13h.

Tarde

João: Eixo é a formação coletiva. Pergunta na entrevista: Tem condições de participar do GEAD? Se é meu orientando, tem obrigação de participar porque trabalha com a formação do coletivo. Tem que tá em sala de aula também. Pesquisador tem que ser uma pessoa que lhe torne uma pessoa melhor, por isso a importância do coletivo.

Mazinho: Eu vou ter que me ausentar um pouquinho.

João: Não! Isso é certo. Os últimos seis meses tem que fazer o fechamento, cada um do seu jeito. Eu acho que a gente tá precisando retomar essa questão. Força tarefa, importante contar com o grupo.

A discussão a seguir girou em torno dos meios de comunicação do GEAD. Deliberado pelo grupo presente:

  1. O e-mail e o WhatsApp como meios de comunicação oficial.
  2. Alimentar a página do facebook. As pessoas enviarem.
  3. Alimentar o blog e incluir textos dos componentes já publicados e aprovados em congressos, seminários e etc.

Maclécio: Sugestão: Projeto de Iniciação Científica como parte do grupo. “Dialogicidade entre os Tremembés”.


Horários definido pelo grupo para iniciar com quem estiver na sala nos encontros de sexta-feira: 8h 30min ás 12h.


Temas aprovados para o semestre:

1.      Colonialidade
2.      Dialogicidade
3.      PER

Sugestão de subtemas:

  1. Colonialidade: Educação ambiental, interculturalidade crítica, epistemologia do sul e microcolonialidade.
  2. Dialogicidade: Educação libertadora, educação ambiental dialógica, circulo de cultura e teoria da ação dialógica.
  3. PER: Pedagogia Eco Relacional, formação relacional e categorias da PER.

- Foi acordado entre i grupo presente que me 1 de abril de 2016 João e os bolsistas: Rafael e Ilsa Brenda apresentaram o projeto do GEAD.

- Em julho será avaliação e planejamento.

Relato: Ana Valéria Holanda da Nóbrega

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